quinta-feira, 27 de agosto de 2009

"Eu sabia. Eu sabia! EU SA-BI-A!!!.

Há alguns anos li uma entrevista que o Galvão Bueno concedeu à revista Playboy (qualé? Eu tava no consultório dentista). O jornalista relatou um dos seus piores momentos na TV Globo.
Foi em 1991, durante o Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1. Senna liderava boa parte da corrida quando, a última volta, o brasileiro deixou o parceiro de McLaren, Gerhard Berger, fazer a ultrapassagem e vencer a corrida.

Galvão Bueno, atônito, entrou em completo desespero. A forma que o narrador encontrou para extravasar toda sua indignação pela atitude da McLaren foi berrar no microfone um exclamativo "Eu sabia. Eu sabia! EU SA-BI-A!!!".

Poucas horas depois, segundo o próprio narrador, ele recebeu um telegrama de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, um dos diretores e consultor de programação da TV Globo. A mensagem era a seguinte: "Se você sabia, porque não disse antes"?

E lá se vão 18 anos do fato. Observe, essa postura arrogante e repetitiva dos narradores e comentaristas esportivos, não é de hoje. Há muito tempo o brasileiro é obrigado a aturar discípulos de Galvão Bueno, como o péssimo Cléber Machado. Ultimamente, o negócio piorou ainda mais com o surgimento de Neto's, Godoy's e Muller's da vida.

É claro que tem gente boa aí no meio, como Paulo Vinicius Coelho e Mauro Cezar Pereira. Mas a maioria costuma chover no molhado. Comentários desnecessários e, principalmente, previsíveis são frequentes durante os jogos de futebol.

Mas...voltando a corrida... Se você sabia??... Nós também, Galvão, nós também...

Nenhum comentário: