sexta-feira, 27 de março de 2009

Era trash e feliz, mas não sabia…

Olhando nos meus antigos registros cinematográficos (leia-se alguns VHS empoeirados e mofados) eu tive um insight revelador: meu gosto para filmes já foi muito trash. E bota trash nisso. Foi-se o tempo em que eu me deleitava com clássicos da sessão da tarde de títulos mirabolantes como “Enchente – Quem Salvará Nossos Filhos?” ou “Elvira, a Rainha das Trevas”. Foi-se o tempo em que as aventuras dos Trapalhões eram motivo de uma ótima película, na minha opinião.

Elvira é uma das personagens mais famosas dos anos 80

Ao passar dos anos, obviamente, eu fui adquirindo um certo senso de qualidade e, conseqüentemente, ficando mais exigente com os filmes que assistia. De tanto assisti-los, por sempre ter tido simpatia pela área, comecei a saber identificar clichês de longe e criticar a presença deles nos filmes.
De tanto ser apresentadas a novas tramas, passei a achar um tanto quanto repetitivas certas histórias que me apareciam. Achar um filme realmente bom foi ficando tarefa quase impossível.
O conhecimento, que por um lado me proporcionava um senso crítico mais apurado, fez com que eu perdesse a capacidade de me divertir com filmes medíocres. Para meu azar, são esses que reinam nas salas de cinema.
Agora, olhando os meus antigos filmes preferidos, percebo que era feliz e não sabia. Conseguia me envolver nas tramas mais rasas e cheias de falhas e nem me dava conta desse deslizes. A ignorância nesse caso, era premissa de divertimento na certa.
Quem procura o melhor, continua querendo sempre mais.
Postado ouvindo: Overall Junction Albert King In Session Blues

2 comentários:

Anônimo disse...

Fala Márcio! Você gosta de filmes trash, é? Então dá uma olhada nesse site: http://wurdulaks.blogspot.com/ . Um abraço!

Sangue Bom disse...

Giovani, valeu a visita e obrigado pela dica...