domingo, 23 de agosto de 2009

Puta na cama e dama na sociedade.


“A mulher deve ser uma dama perante a sociedade e uma puta na cama!”
É certo que você em algum momento você já tenha ouvido falar neste dito popular, que por sua vez vem se tornando cada vez mais verdade.

Fato é que com a recente e natural ascensão da mulher – em todos os possíveis e vastos sentidos e papéis – nós homens de certa forma não estamos acostumados ainda com a idéia dessa evolução.

Estou falando dessa “nova mulher” que brota aos olhos de uma sociedade ainda dominada pelo machismo hipócrita e um tanto quanto preconceituosa. Falo das mulheres-alfa ou mulheres-hiper-fálicas como queiram.

É inegável que elas não se limitam mais em apenas lavar, passar, cozinhar, levar as crianças à escola, fazer compras no supermercado, acompanhar o marido e sempre a sua sombra estar. Não querem mais se sentir sensíveis, pensam duas vezes antes de derramarem uma lágrima frente a nós.

Essa mulher já era! É o enterro da “Amélia”. Elas querem mais, querem dirigir, buzinar, xingar, entender de política e futebol, elas querem não te atender no dia seguinte, querem sair, festejar, beber e brindar liberdade, querem mais que academia, agora preferem lutar, não querem mais chorar se não tem companhia para o sábado a noite, elas estão indo atrás, digo chegando de frente e perguntar se você quer “ficar”.

Agora é a vez de elas pagarem as contas, avisar que está saindo com as amigas – isso enquanto você fica em casa, te deixando com a pulga atrás da orelha– e que não tem hora para chegar. Não atender suas ligações e e-mails, assim como nós homens, elas também estão “sumindo”. E não se espantem elas também traem, sem dó nem piedade.

Seria essa “nova mulher” certa versão melhorada do que o homem instintivamente nunca conseguiu ser? Isso não me estranha em nada, pois tudo que é abordado na música “If I were a boy” da cantora norte americana Beyonce – já denuncia e muito a real intenção do que elas desejam.

Mas é quando as luzes se apagam que podemos ver essa “nova mulher” em ação (se é que vocês me entendem...). O tema sexo sempre foi considerado um grande tabu por muitas mulheres durante muito tempo. Nessa nova era de conquistas feministas uma das grandes vitórias foi sua libertação sexual.

Hoje ela não quer mais saber se foi bom para você. Isso pouco importa. Ela quer que seja quente e amoroso, com platéia se possível, eterno, efêmero, selvagem, carinhoso, diferente e original, com alguém a mais quem sabe? Elas querem contar para suas amigas sobre o seu desempenho, classificá-lo e ranqueá-lo, nos tabelar... (creia nisso!).

Aquele clichê de que vale tudo entre quatro paredes, elas estão levando a sério! Vá com calma. Já existem muitas mulheres dizendo por ai que sentem orgasmo quando fazem sexo anal - mais um assunto tabu que está em declínio.

A máxima que alimenta esse estado de comportamento é outro clichê fantástico – “se eu num faço assim, ele vai procurar isso lá fora”. É verdade que homens preferem as mais safadas e certamente quando não comemos em casa, é certo que iremos jantar fora.

Faça-a sentir subalterna, humilhada, ora omissa, esteja no controle (lembre-se: quem tem o pinto é você!), puxe seu cabelos, peça silêncio olhando nos olhos, ranja os dentes, demonstre não estar ligando para ela... mas nunca se esqueça de obedecê-la, estar viril para responder com força as suas loucuras, reaja bem aos impulsos do momento.

Pra ela, ser puta é uma resposta evasiva ao delicado papel de dama, ser puta é facilmente uma expressão da dama, nada mais que isso. Ser puta não a faz sentir-se mais mulher ou menos mulher, mas faz-se-a sentir puramente mulher. Ser puta não é estar em débito com ninguém, muito menos com sua consciência, é estar em dia com suas vontades e responder a elas da forma mais natural e irrestrita possível. Ser puta não é sentir vergonha de se lembrar pela manhã de tudo o que fez na noite anterior, mas sim sentir se capaz e realizada.

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