quarta-feira, 20 de abril de 2011

Novidades: Foo Fighters, Wasting Light

O novo disco Wasting Light é uma das maiores constatações da vitalidade rock and roll do Foo Fighters. Talvez seja o trabalho mais pesado do grupo, desde One By One. Eles parecem ter dado uma atenção especial as timbragens das guitarras. E capricharam nos riffs.

Alcançar o topo do mundo já é uma tarefa árdua. Mas sobreviver por muito tempo neste mesmo patamar não é para muitos. Embasado por sua carreira para lá de regular, o Foo Fighters fincou a bandeira do rock lá no alto e mesmo com alguns supostos escorregões, não cai. Isso, lógico, evidencia a qualidade musical do grupo que completa já 16 anos de vida, colecionando sete discos lançados em estúdio e tres DVDs oficiais ao vivo. Logo na estréia (Foo Fighters, 1995), muitos juravam que o Foo Fighters seria uma cópia da ex-banda de Dave Grohl. Mas após o excelente The Colour And the Shape - lançado dois anos depois - qualquer julgamento precipitado estava exterminado, desintegrado, no pó.

Ser baterista de uma banda como o Nirvana era, sim, uma faca de dois gumes. E por isso mesmo, Dave não se fez de rogado. Para quem não sabe, ele compôs e gravou todos os instrumentos dos dois primeiros trabalhos do grupo. Toda essa inspiração deixava claro que o Nirvana tinha sido muito bom para o baterista, em termos de oportunidade, de abertura de portas. Mas o fim da banda foi ainda melhor. O cara liberou toda a sua capacidade criativa.

Não muito depois, o FF já era uma das bandas mais populares do mundo. Com vendas nos picos e multidões à sua espera. Somado a escassez das megabandas de hoje em dia, o grupo sobrevive cada vez mais ao tempo. A maior prova disso é a ansiedade do público por este novo trabalho - não por menos, os caras não lançam nada novo há quatro anos.

O novo disco Wasting Light é uma das maiores constatações da vitalidade rock and roll desses caras. Talvez seja o trabalho mais pesado do grupo, desde One By One. Eles parecem ter dado uma atenção especial as timbragens das guitarras. E capricharam nos riffs. Mesmo não tão dinâmico quanto The Colour And The Shape e nem "deslocado" quanto Theres Nothing Left To Lose, Wasting Light é um resumo do que há de melhor na vasta discografia da banda.

Da virada meteórica de Taylor na abertura do disco em “Bridge Burning”, até a berraria total em “Walk”, o que encontramos aqui é rock, rock e mais rock. Wasting Light é tão coeso, que fica difícil encontrar destaques isolados para poder recomendar aos curiosos. O melhor mesmo é escutar o disco na íntegra.

“Rope” foi escolhida como primeira música de trabalho do novo álbum, mas encontramos também um divertidíssimo vídeo de “White Limo”, na internet. Esse vídeo tem a participação mais do que especial de Lemmy Motörhead, e vale à pena ser conferido. E a música em questão, é uma “porrada” no ouvido.

Diferente dos trabalhos anteriores, Wasting Light não traz músicas mais lentas (“These Days” quase engana), que acabaram virando uma especialidade do grupo. Aqui, como eu disse, é foco nas guitarras, nos riffs, e rock and roll forever baby! Fica a dica em “A Matter Of Time” - com seu início arrasador - ou "Back & Forth", que quase virou o título do disco.

Após a audição completa, fica o aviso: nunca duvide do Foo Fighters.



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