APÓS 9 ANOS A BANDA MOSTRA QUE AINDA TEM A FÓRMULA DO BOM ROCK
O retorno da banda culminou com o álbum “Stone Temple Pilots” (2010), (Na verdade, o disco não tem título, e, quando discos não têm título, geralmente eles são batizados com o nome da banda).
“Stone Temple Pilots 2010” é provavelmente um dos CDs de rock mais empolgantes e envolventes lançados nos últimos anos. Fazendo uma comparação – mas guardando as suas devidas proporções -, “Stone Temple Pilots” é um “Chinese Democracy” (álbum de retorno do Guns’N'Roses) sem a megalomania de Axl Rose. Não seria exagero dizer que Scott Weiland e companhia deram luz à um disco brilhante.
O novo trabalho segue o caminho das músicas mais pop de “Shangri-La Dee Da”, mas sem exageros e mantendo a pegada alternativa. Ele começa com a poderosa “Between the lines”, que não por acaso foi escolhida para ser o primeiro single do disco. Em seguida vem “Take a load off”, que remete aos anos de grunge, porém as guitarras são limpas e claras, apesar de pesadas – mas nem tanto. “Huckleberry crumble” e “Hickory dichotomy” têm uma pegada blueseira que faz toda a diferença nessas canções – dá até pra lembrar um pouco do bom e velho Aerosmith, uma das influências assumidas do Stone Temple Pilots na criação do novo disco.
“Dare if you dare” vem para acalmar um pouco os ânimos. Não é uma balada melosa, mas é o tipo de música para dar uma esfriada na plateia de um show de rock. “Cinnamon”, que vem logo a seguir, é descaradamente pop. É aquela música que você ouve uma vez e gruda na sua mente. A melodia é até um pouco boba ou ingênua, mas ainda assim é uma boa canção.
Os riffs de guitarra voltam à toda com “Hazy daze”, que, assim como a já citada “Take a load off”, conserva alguma coisa do grunge. Em “Bagman”, que vem a seguir, é possível ouvir um violão, ainda que discreto. A batida acústica não tem muita presença, mas é o tipo de detalhe que dá uma outra cara à canção. Destaque para os versos “I know it feels good/ but be careful with your vices/ falling, crawling on your knees again/ watch out for the bagman” (“eu sei que é bom/ mas tenha cuidado com seus vícios/ caindo, mergulhando de joelhos de novo/ cuidado com o cara da entrega”). “Bagman” ou “cara da entrega” pode ser uma alusão a uma pessoa que leva drogas a outra.Vindos de Scott Weiland, autor de todas as letras do disco, esses versos são um recado e tanto.
Completando as 12 músicas do álbum estão a excelente “Peacoat”; “Fast as i can”, a mais acelerada das canções e a única que destoa das outras; e duas baladas: as belas “First kiss on Mars” e “Maver”.
Não fosse por “Fast as i can”, “Stone Temple Pilots” seria um disco perfeito. Mas é como dizem: nada é perfeito. Ao menos o Stone Temple Pilots chegou perto.
* Uma curiosidade: nas versões Deluxe e japonesa do disco, há uma canção chamada “Samba Nova“. Como o título dá a entender, ela tem influência da nossa bossa nova. É uma canção tranquila, calma, belíssima. O que não dá pra entender é por que a colocaram como “lado b” do disco (a versão que o blog está disponibilizando abaixo tem essa música e mais tres faixas bônus ao vivo).
02. Take A Load Off
03. Huckleberry Crumble
04. Hickory Dichotomy
05. Dare If You Dare
06. Cinnamon
07. Hazy Daze
08. Bagman
09. Peacoat
10. Fast As I Can
11. First Kiss On Mars
12. Maver
13. Samba Nova
14. Vasoline (live)
15. Hickory Dichotomy (live)
16. Between The Lines (live)
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