Pergunte a um amante de jazz, em qualquer parte do mundo quais as dez gravações que ele (ou ela) levaria para uma ilha deserta para ouvir pelo resto da vida, e é quase certo que Kind of Blue estará no topo da lista. “É a gravação geralmente considerada como o disco de jazz definitivo, um padrão e exelência universalmente aceito” comenta o crítico Stephen Erlewine, ao comenta-lo no All Music Guide to Jazz, obra de referência.
Mas apenas a mística que se criou em torno dessa lendária gravação explica o fato de a ela ter sido dedicado um livro agora lançado no Brasil: Kind of Blue, a História da Obra-prima de Miles Davis.
O susesso de Kind of Blue (5 milhões de cópias vendidas em diferentes formatos) deve-se a uma combinação simples mas raramente alcançada. A música que contem é, ao mesmo tempo, inovadora, sofisticada e acessível, até fácil de ouvir, inclusive por quem não está familiarizado com o gênero. É perfeita para embalar um romance na madrugada. Estilisticamente, Kind of Blue inaugurou o chamado jazz “modal” em que as improvisações eram baseadas em escalas.
E foi gravado por um “dream team” do Jazz (abaixo).
A mística do álbum se confude com a do líder dessas gravações, Miles Dewey Davis III (1926-1991) era o oposto do estereótipo dos músicos negros do jazz, em geral nascidos em famílias pobres e desestruturadas. Seu pai era um rico e bem-sucedido cirurgião-dentista. Talvez isso explique, em parte sua atitude de desdém em relação ao padrão musical. Miles recusava-se a comentar as músicas em suas apresentações e, às vezes tocava de costas para o público. Pessoalmente, era uma síntese do estilo cool, que incorporou a linguagem do jazz em uma célebre gravação (The Birth of the Cool).
Gostava de ternos e sapatos italianos, foi incluído numa lista dos 40 homens mais elegante dos Estados Unidos, adorava carros esportivos.
Davis mudou várias vezes o rumo de sua arte, e do próprio jazz. A mudança mais radical foi “eletrificar” sua música. Dela nasceria Bitches Brew (1969), marco zero da fusão jazz-rock, e uma nova estrela da música pop: o próprio Miles.
Disco Miles Davis – Kind of BlueMas apenas a mística que se criou em torno dessa lendária gravação explica o fato de a ela ter sido dedicado um livro agora lançado no Brasil: Kind of Blue, a História da Obra-prima de Miles Davis.
O susesso de Kind of Blue (5 milhões de cópias vendidas em diferentes formatos) deve-se a uma combinação simples mas raramente alcançada. A música que contem é, ao mesmo tempo, inovadora, sofisticada e acessível, até fácil de ouvir, inclusive por quem não está familiarizado com o gênero. É perfeita para embalar um romance na madrugada. Estilisticamente, Kind of Blue inaugurou o chamado jazz “modal” em que as improvisações eram baseadas em escalas.
E foi gravado por um “dream team” do Jazz (abaixo).
A mística do álbum se confude com a do líder dessas gravações, Miles Dewey Davis III (1926-1991) era o oposto do estereótipo dos músicos negros do jazz, em geral nascidos em famílias pobres e desestruturadas. Seu pai era um rico e bem-sucedido cirurgião-dentista. Talvez isso explique, em parte sua atitude de desdém em relação ao padrão musical. Miles recusava-se a comentar as músicas em suas apresentações e, às vezes tocava de costas para o público. Pessoalmente, era uma síntese do estilo cool, que incorporou a linguagem do jazz em uma célebre gravação (The Birth of the Cool).
Gostava de ternos e sapatos italianos, foi incluído numa lista dos 40 homens mais elegante dos Estados Unidos, adorava carros esportivos.
Davis mudou várias vezes o rumo de sua arte, e do próprio jazz. A mudança mais radical foi “eletrificar” sua música. Dela nasceria Bitches Brew (1969), marco zero da fusão jazz-rock, e uma nova estrela da música pop: o próprio Miles.
Gravado em:
2 de março e 22 de abril de 1959
Músicos:
Miles Davis (trompete)
John Coltrane (sax tenor)
Julian “Cannonball” Adderley (sax alto)
Bill Evans (piano)
Wynton Kelly (piano em Freddie/Freeloader)
Paul Chambers (contrabaixo)
Jimmy Cobb (bateria)
Exemplares vendidos:
5 milhões
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