Difícil essa tarefa. Quando há uma regravação de qualquer música, há sempre os dois lados. O lado do fã copiado – que geralmente reprova a cópia -, e o lado do fã que copia – que acha sempre a sua versão melhor que a original. Aqui houve um desafio em sua maior escala. O Flaming Lips resolveu fazer um remake do disco mais famoso do Pink floyd. E os fãs de Pink Floyd são de outro plano espiritual (em qual também me incluo). Oras, e os fãs de Flaming Lips? Esses são estagiários propensos a ingressar nesse mesmo patamar, talvez em uns 20 anos. Para quem acompanha a banda, sabe que eles iriam aumentar um pouco a dose de “insanidade musical”, e recheariam o trabalho com vários “barulhinhos”, “efeitos”, “vocalizações improváveis” e outras coisas a mais. BINGO! Tudo bem, o conceito é mantido, e mesmo com todas as granulações, “time” ainda soa como “time” e o Flaming Lips ainda soa como... Flaming Lips! Pois soar como Pink Floyd, é algo acima de qualquer pretensão religiosa. E que isso fique bem claro! Ah, vale a pena dar uma escutada nesse disco. É uma bela homenagem.
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