sábado, 20 de fevereiro de 2010

Astrofísicos decodificam origem das supernovas


Há muito tempo utilizadas como marcos históricos cósmicos para ajudar a medir a expansão do universo, as supernovas agora podem ser melhor compreendidas. Segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (18) na revista Nature, os astrônomos agora sabem o que provoca essas explosões massivas.

As supernovas, estrelas que explodem no fim de suas vidas, "são objetos cruciais para compreender o universo", explicou o principal autor do estudo, Marat Gilfanov, do Instituto Astrofísico Max Planck da Alemanha, durante a apresentação da pesquisa realizada por sua equipe. "O fato de não conhecermos seu funcionamento era um aborrecimento. Agora começamos a compreender o que acende o pavio que provoca essas explosões", disse.

Segundo a maioria dos cientistas, algumas supernovas, conhecidas como as de tipo 1A, se formam quando uma anã branca (o coração degenerado de uma estrela vermelha gigante) fica instável após superar sua massa máxima. Isso pode ser resultado da fusão de duas anãs brancas ou do acréscimo, um processo pelo qual a gravidade de uma estrela absorve uma parte da matéria da outra.

Resultado inesperado

Graças ao telescópio espacial norte-americano Chandra X-Ray Observatory da Nasa (agência espacial norte-americana), Gilfanov e seus amigos estudaram as supernovas de cinco galáxias elípticas e da região central da galáxia Andrômeda.

"Nossos resultados sugerem que quase todas as supernovas das galáxias que temos estudado são resultados de fusões de duas anãs brancas", destaca Akos Bogdan, do Instituto Max Planck, co-autor do estudo. "Isso não é o que muitos astrônomos provavelmente esperavam".

Se as fossem produzidas por acréscimo, as galáxias seriam cerca de 50 vezes mais brilhantes sob o efeito dos raios-x, o que não foi observado. Serão necessários mais estudos para determinar se a fusão é também a primeira causa do surgimento desses objetos em galáxias espirais.
Fonte: IJornal

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