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O diploma de jornalista não é mais obrigatório. A decisão acabou de ser tomada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal por oito votos contra um. Marco Aurélio Mello foi o único que defendeu a manutenção do diploma.
A partir de agora, fica a cargo das empresas decidir se exigem ou não o diploma. Da mesma forma que as universidades poderão continuar com o curso. A diferença agora é que o governo não poderá mais intervir em nenhum caso.
A discussão chegou ao Supremo em uma ação protocolada pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Sertesp) e pelo Ministério Público Federal, que pedia o fim da obrigatoriedade do diploma.
Por quase 1h, Gilmar Mendes, presidente do tribunal e relator do caso, votou contra a obrigatoriedade do diploma. Para ele, a profissão de jornalista não oferece perigo à coletividade. O ministro Cezar Peluso seguiu o raciocínio:
- Não garante eliminação do mau exercício da profissão, à deficiência de caráter, ética, de cultura humanística e até de sentidos. Ou seja, não existe, no campo do Jornalismo, o risco que venha da ignorância de conhecimentos técnicos.
Os ministros seguiram os argumentos de Taís Borjas Gasparini, advogada do Sertesp. Ela defendeu que o Jornalismo não deve ser comparado às profissões de "médico, engenheiro ou piloto de avião":
- Ao contrário destas profissões, o Jornalismo é um exercício puramente intelectual. Depende talvez do domínio da linguagem e do vasto campo de conhecimentos humanos. Mas muito mais que qualificação, é a lealdade, curiosidade, sensibilidade e ética que o jornalista deve ter. A obtenção desses requisitos não se encontra nos bancos da faculdade.
João Roberto Fontes, advogado da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), contrapôs:
- O jornalismo já foi chamado de quarto poder da República. Como, então, não é necessário o conhecimento específico pra ter poder desta envergadura? É evidente o efeito devastador de uma notícia feita por um inepto. A divulgação de um balanço errado é uma catástrofe que se multiplica em segundos pelo mundo inteiro.
Os ministros Joquim Barbosa e Carlos Alberto Menezes Direito não estavam presentes na sessão.
Fonte: blog do Noblat
A partir de agora, fica a cargo das empresas decidir se exigem ou não o diploma. Da mesma forma que as universidades poderão continuar com o curso. A diferença agora é que o governo não poderá mais intervir em nenhum caso.
A discussão chegou ao Supremo em uma ação protocolada pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Sertesp) e pelo Ministério Público Federal, que pedia o fim da obrigatoriedade do diploma.
Por quase 1h, Gilmar Mendes, presidente do tribunal e relator do caso, votou contra a obrigatoriedade do diploma. Para ele, a profissão de jornalista não oferece perigo à coletividade. O ministro Cezar Peluso seguiu o raciocínio:
- Não garante eliminação do mau exercício da profissão, à deficiência de caráter, ética, de cultura humanística e até de sentidos. Ou seja, não existe, no campo do Jornalismo, o risco que venha da ignorância de conhecimentos técnicos.
Os ministros seguiram os argumentos de Taís Borjas Gasparini, advogada do Sertesp. Ela defendeu que o Jornalismo não deve ser comparado às profissões de "médico, engenheiro ou piloto de avião":
- Ao contrário destas profissões, o Jornalismo é um exercício puramente intelectual. Depende talvez do domínio da linguagem e do vasto campo de conhecimentos humanos. Mas muito mais que qualificação, é a lealdade, curiosidade, sensibilidade e ética que o jornalista deve ter. A obtenção desses requisitos não se encontra nos bancos da faculdade.
João Roberto Fontes, advogado da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), contrapôs:
- O jornalismo já foi chamado de quarto poder da República. Como, então, não é necessário o conhecimento específico pra ter poder desta envergadura? É evidente o efeito devastador de uma notícia feita por um inepto. A divulgação de um balanço errado é uma catástrofe que se multiplica em segundos pelo mundo inteiro.
Os ministros Joquim Barbosa e Carlos Alberto Menezes Direito não estavam presentes na sessão.
Fonte: blog do Noblat
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